Neste blog pretendo disponibilizar parte da minha produção artística e bibliográfica para quem tiver interesse. Aqui estão disponíveis meus discos e alguns artigos, partituras, MP3, vídeos, etc. Também pretendo "subir" excertos de trabalhos alheios onde tenho participação, contando, evidentemente, com o consentimento dos demais autores.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Sentido y Razón - Poema 15 (2013)


Sentido y Razón - Poema 15

Em setembro de 1973 o general Pinochet assumiu à força o governo do Chile. Uma de suas primeiras iniciativas foi torturar e matar, com 44 tiros, um dos maiores artistas da história da América Latina: Víctor Jara. Este é um capítulo horrível da história do nosso continente que, infelizmente, deve ser lembrado, para que não torne a suceder. Mas, além disso, deve ser lembrada a belíssima música deste enorme artista. Neste vídeo apresento a linda homenagem feita pelo excelente compositor e violonista chileno Javier Contreras, chamada Sentido y Razón, e acompanho o amigo e colega Paulo Gaiger em Poema 15, poesia de Pablo Neruda musicada por Jara. A gravação é de 2013, no Teatro da UFCSPA.



segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Fantasia-Sonata "Dell'immigrazione" - Live at Caroso Festival (Italy, 2015)


Finalmente, compartilho uma versão completa, sem cortes, sem maquiagem, enfim, #nofilter, da Fantasia-Sonata. Gravado ao vivo na linda Chiesa di San Michele Arcangelo, em Sermoneta (LT), no Lazio, dentro da programação do 21º Caroso Festival. Saluti amici!

A complete version of my Fantasia-Sonata for solo guitar. Without make-up, at the beautiful Chiesa di San Michele Arcangelo (Sermoneta, Lazio, Italy). Saluti!



terça-feira, 9 de junho de 2015

Apresentações em Portugal (junho - 2015)


Caso estejas por Portugal e queira me ver tocar: agende-se!
Serão duas apresentações, uma em Aveiro e outra no Porto.
1) Estréia de "Fantasia-Sonata" e "La Toqueteada" no PERFORMA'15: International Conference on Musical Performance (Aveiro/Portugal). Dia 12/06, às 18h30, na Igreja das Carmelitas. Duração: 25'
2) Recital na Casa da Guitarra (Porto/Portugal). Dia 15/06, às 18h, na Casa da Guitarra (Av. Vimara Peres, 72). Duração: 1:20'.
Na sequência o programa do recital no Porto.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ensaiando (2015)


Ensaiando para a estreia da Fantasia-Sonata "Dell'immigrazione", daqui a duas semanas, em Portugal. Em 2015 completam-se 140 anos da imigração italiana no Brasil.
Rehearsing to make the "première" of my Fantasia-Sonata "Dell'immigrazione", in two weeks, in Portugal. The Italian immigration to Brazil completes 140 years in 2015.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Imagens de um ano atrás no Segipe


Algumas imagens da minha passagem pelo I FEVISE, há um ano atrás, que eu não tinha visto até então. São do fotógrafo André Teixeira.








sábado, 17 de janeiro de 2015

Arranjo de Lamento Sertanejo (Vídeo 2014 - Partitura 2015)

Tirei a sexta-feira para pôr em dia um trabalho atrasado: fazer a partitura do arranjo de Lamento Sertanejo, que está no vídeo abaixo. Está disponível "for free" no link a seguir:
Já não lembro mais quem pediu esta partitura, espero que vejam e façam bom uso.


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Comentário sobre a apresentação de "Territórios do Esquecimento" em Porto Alegre (2014)

Violonista Thiago Colombo apresenta lembranças em som

Escrito por Redação Ascom/UFCSPA   
Qui, 28 de Agosto de 2014 11:22



A noite de quarta-feira (27) foi marcada por mais uma apresentação memorável no Programa Música na UFCSPA. O violonista Thiago Colombo apresentou Territórios do Esquecimento – Violão e Mestiçagem na América Latina II, acompanhado de ilustres convidados. O músico, com reconhecimento internacional, elogiou a organização da universidade. “Este é o espaço de mais dignidade do Rio Grande do Sul”. O repertório revelou lembranças do músico nos lugares por onde morou: Porto Alegre, Pelotas e, atualmente Salvador, onde faz doutorado. “São lembranças insignificantes, registradas em som”, brincou. O show instrumental era recheado de bom humor. Thiago Colombo contava, de forma divertida, a origem e o significado das peças apresentadas. Em “Epigramas Infantis (Salvador, 2013) faz a releitura de cantigas populares como “Brilha, brilha”, “Dona aranha” e “Atirei o pau no gato”, a qual denominou: “Dona Chica é cúmplice”. Os convidados Daniel Wolff (violão) e Ayres Potthoff (flauta) enriqueceram, ainda mais, a apresentação fazendo o acompanhamento de algumas composições de Colombo.



Thiago Colombo é professor do Centro de Artes da UFPEL, mestre em música (UFRGS) e doutorando (UFBA). Atuou como concertista da Orquestra Sinfônica da Udmurtia (Rússia), Maison do Brésil (França), Universidad de Montevideo (Uruguai), OSPA, Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro, Orquestra de Câmara da ULBRA e Orquestra Sesi-Fundarte.  Colombo tem dois CDs gravados “Sonata”, com o qual recebeu três prêmios Açorianos e “Reminiscências”, ambos pelo Funproarte.
Ayres Potthoff É um dos fundadores da Associação Brasileira de Flautistas, organizador dos Festivais Internacionais de Flautistas do Rio de Janeiro e de Porto Alegre, e foi diretor executivo da Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, grupo que fundou em 1985. Em 2003, recebeu o Kikito por Melhor Música. Festival de Cinema de Gramado. Lançou o CD “Recital” com a pianista Maly Weisenblum. Desde 2008, apresenta-se em diversos países com o duo norueguês A Corda e os violonistas Felipe Azevedo e Daniel Wolff. Atualmente, é professor no Instituto Metodista de Porto Alegre.




Daniel Wolff foi o primeiro doutor em violão do Brasil. Desde 1991, é catedrático de violão na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde criou os cursos de Mestrado e Doutorado em Violão e coordena o Festival Internacional de Violão. Foi também professor visitante da Universidade de Arte de Berlim (UdK), vencedor do prêmio Helen Cohn Award, oferecido ao doutorando de melhor desempenho. Obteve o primeiro prêmio no I Concurso Nacional de Violão (São Paulo), Concurso Heitor Villa-Lobos (Porto Alegre) e no Concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.

domingo, 12 de outubro de 2014

Clipe de "Pintinhos da Galinha Japonesa" (2014)

Para o dia das crianças nada melhor do que esse lindo clipe do qual tive o prazer de participar como arranjador.
Pintinhos da Galinha Japonesa (BR-N40-12-00001)
Música: Leandro Maia
Arranjo: Thiago Colombo
Vozes: Leandro Maia e Lígia Constante
Violões: Thiago Colombo
Gravação: A Vapor Estúdio
Mixagem/Masterização: Luiz Ribeiro
Ilustrações Rodi Núñez
Animação: Cartel Graphics Motion Design

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Pachamama y Salamanca (2006)


Pachamama y Salamanca, de Marcelo Coronel.
Das profundezas do baú, na onda "perfil com cabelo", um trecho do lançamento do CD Reminiscências. Isto remonta a outubro de 2006, no Teatro Renascença. Gravação feita ao vivo pela TVE RS, para o programa Palcos da Vida. Sobre este vídeo, quero compartilhar as palavras do mestre Lúcio Yanel, que muito me emocionaram:

"Jamais cansarei de dizer algo sobre a condição guitarristica do Maestro Thiago Colombo de Freitas, isto és porque ele sempre tem "algo a mais" pra nos entregar!
Dentro dos "academicos", me parece ser, se não o único, um dos poucos com tanta maestria pra interpretar todas as áreas da música. Como Argentino e cultor do folclore da minha terra, só me resta reverenciar e aplaudir o querido Thiago, ao tempo que lhe agradeço estos regalitos que de vez em quando nos deixa.
DEUS SALVE OS MESTRES DA SUA ESTIRPE!!!!!" (Lúcio Yanel, 2014)



quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Gravação do Programa Galpão Nativo (TVE-RS, 2014)


Minha terra quase não tem palmeiras, mas nas poucas araucárias que restaram, deve, ainda, um sabiá véio xucro emanar um sapucai ou um trecho do Amigo Punk. Ontem deixei o pago uma vez mais após gravar, aos 48 do segundo tempo, o programa Galpão Nativo. Agradeço o convite do Cachoeira Tambo Produções e do Rodrigo DMart, especialmente por ter tido a oportunidade de ouvir a "Milonga abaixo de mau tempo" na voz de Walther Morais, como despedida "telúrica" do Rio Grande. O programa vai ao ar no dia 14 de setembro e vale atentar para a qualidade das minhas alpargatas.


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Preconceito, caos, OSPA, Kurt Masur e outras cositas más (2012)


“O Rio Grande do Sul perdeu o interesse por sua orquestra porque nosso nível cultural tem caído assustadoramente nos últimos anos... Sendo assim, a música sinfônica perdeu espaço para a gaita e o tamborim.”

“O Brasil tem uma música popular tão boa que nem precisa de música erudita”

       Nos últimos dias tenho visto um Facebook repleto de manifestações calorosas sobre a caótica situação “atual” da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Tudo começou, pelo menos no meu monitor, com a criação do grupo “Amigos da OSPA”, mas, evidentemente, este grupo nasceu após vários problemas virem à tona. A OSPA enquanto instituição pública tem problemas que em muito lembram os da universidade pública brasileira, onde trabalho, e são especialmente de cunho político e administrativo. No entanto, e por conseqüência, o que mais me instigou nos debates sobre a orquestra são as questões de cunho ético (pela primeira vez vi os músicos se colocando com veemência, sem o marasmo tão característico do etos da profissão), estético e sociológico.
      Duas lembranças eclodiram na minha cabeça ao ler afirmativas como: “O Rio Grande do Sul perdeu o interesse por sua orquestra porque nosso nível cultural tem caído assustadoramente nos últimos anos. Em razão disso, os políticos não se importam com ela por falta de pressão social em favor de seu engrandecimento. A OSPA foi criada quando os gaúchos queriam ser europeus e cosmopolitas. Hoje, querem ser apenas gaúchos. No máximo, brasileiros. Sendo assim, a música sinfônica perdeu espaço para a gaita e o tamborim”. A primeira lembrança foi minha visita ao Musée des Instruments, na Cité de La Musique, em Paris. Após três andares contando a história da música (evidentemente a história da música escrita, já que tratava de períodos pré-fonograma) chega-se a uma divisão bastante representativa: a porta 1 leva o visitante à “musique contemporaine”, enquanto a porta 2 leva à “musique du monde”. Estranho? Sim, estranho! No mínimo a tal música contemporânea é de outro mundo, como já sugeriu Stockhausen, seja ele a Europa ou o planeta de origem do compositor.
      Outra lembrança foi a do grande maestro Kurt Masur na sua última passagem pelo Brasil. Na ocasião, o maestro não cansou de vomitar máximas do repertório colonialista como: “O Brasil tem uma música popular tão boa que nem precisa de música erudita” (O Estado de São Paulo, 2003). Esta frase foi aceita como um elogio à cultura brasileira, com todo seu molejo, sua mestiçagem, seu “talento”, seu dionisíaco, sua irracionalidade, enfim, a frase carrega em si todas as caricaturas já bem conhecidas no mundo da “Grande Arte” desde quando Stokovski recrutou, com o auxílio de Villa-Lobos, uma turma de Pixinguinhas e outros “inhas” que não mereceram, sequer, ter o nome gravado na capa do LP “Native Brazillian Music”.
       Na mesma semana destas aparições recorrentes da OSPA no meu FB, fiquei sabendo que mais um músico de alto gabarito debandou para Belo Horizonte onde parece nascer mais uma grande orquestra brasileira, digo nascer porque, bem como a OSESP, a Filarmônica de BH teve uma bela re-significação no seu quadro, basta dizer que irá receber em julho ninguém menos que Krzysztof Penderecki para um concerto. Nisso, lembrei da OSESP que abriu sua temporada com uma obra inédita da jovem compositora Clarisse Assad, temporada esta que tornará públicas várias encomendas da orquestra a jovens e velhos compositores de extratos estéticos diversos. Vale ressaltar que estas obras foram comissionadas e, certamente, bem pagas, pela instituição.
        Nos últimos anos tenho visto vários CDs da OSESP apresentando solistas tão “clássicos” quanto o Arnaldo Cohen e tão “populares” quanto a Banda Mantiqueira. Aparentemente, o que norteia as escolhas naquela orquestra é um conceito de qualidade que não sobrepõe o piano à gaita, mas sim o bom pianista ao mau acordeonista, ou vise-versa. Aquela orquestra tem apresentado repertórios de alto nível em gêneros musicais múltiplos. Recentemente vi uma apresentação da orquestra Simón Bolívar regida pelo Gustavo Dudamel e, neste caso, o furo é mais embaixo. A impressão é de que cada músico da orquestra é um protagonista, de fato são, mas o importante é que eles sabem que são. Naquele concerto não existiu hierarquia entre Stravinski e Carlos Chavez, tudo foi monumental, das maracas ao violino 1.
        Onde eu quero chegar com esse papo? Não sei ao certo. São muitas coisas pelo caminho. Talvez comece por uma formação universitária cada vez mais desqualificada, alimentada, também, pela inexistência de uma formação pré-universitária (agravada, sem dúvida, pelo fechamento da escola da OSPA). Por outro lado, a manutenção de conceitos e, principalmente, preconceitos sobre o que vem a ser a qualidade artística, o apego a um conceito de “Cultura” cada vez mais anacrônico. Por que as artes visuais e cênicas têm atropelado (por seus méritos) a música em Porto Alegre? A Bienal cresce, o Porto Alegre em Cena cresce, o Palco Giratório já é, praticamente, do mesmo porte do POA em Cena, etc. A OSPA decresce, o Festival de Inverno nunca se sabe, enfim, tem coisa errada na música do RS, especialmente na música. Não estou tirando o demérito inquestionável dos governos do estado, mas, como já denota o artigo do Sul21, tem outras instâncias que não funcionam bem. Por último, reitero meu apoio aos músicos da OSPA que estão correndo atrás, afinal, a casa só não caiu porque nunca foi erguida.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Novas 2 - Site para compra do Álbum (2014)

NoMadMusic se met aujourd'hui aux couleurs du Brésil !

Sortie de "Novas 2 | Música brasileira para violão", album de nouvelles compositions brésiliennes pour guitare à six et sept cordes, initié par Elodie Bouny. Partitions téléchargeables avec l'album !

15 créations originales interprétées pour la plupart par les compositeurs eux-mêmes, enregistrées en mars à Rio de Janeiro et São Paulo !

Avec Alexandre GismontiCarlos WalterElodie Bouny, Thiago Abdalla, Cyro Delvizio, Thiago Colombo de Freitas, Jean Charnaux, Marcello Goncalves, Mauricio Marques, Guilherme VincensAluísio CoelhoChrystian Dozza&Alberto Miguel Nazareth Mejia !

Album à découvrir au téléchargement HD, qualité CD et mp3 sur le lien ci-dessous :

http://nomadmusic.fr/fr/label/novas-2



Mais MV (2014)



quinta-feira, 26 de junho de 2014

"Agora somos um só?" ou "Futebol, relações interpessoais e transnacionais"



"Agora somos um só?" ou "Futebol, relações interpessoais e transnacionais"

26 de junho de 2014 às 16:37
Nas últimas semanas, arrebanhados pelo amor ao futebol (ou pela falta de opções perante a tomada de todas as mídias pelo assunto), temos visto um constante “jogar de merda ao ventilador” no que concerne a identidades culturais. Talvez impelidos pela “sede de vitória”, ou pela “sede de derrota” do “outro”, muitos de nós (quem?) exageramos na exposição de nossos mais profundos sentimentos de pertencimento a algum grupo humano. É o show dos estereótipos! Alguns não titubearam em afirmar que “odeiam os [insira aqui seu grupo étnico odiado]”. Alguns famosos escorregaram bonito dizendo atrocidades que vinham dos confins da alma (também conhecida como cérebro, ou coração). Será o futebol um bom veículo de aproximação dos povos? Não esqueçamos dos americanos, que não gostam de “soccer”, na sua maioria, e estão em suas casas se perguntando: “como esses povos do resto do mundo gostam dum troço tão chato”? Claro, pergunta feita é pergunta postada, a internet está ai pra isso.

Nacionalismos, regionalismos e folclore

É claro que o futebol não cria o preconceito, a ignorância, etc. Ele é só mais um espaço coletivo onde cada um se expressa do seu jeito e com seus próprios preconceitos e sua própria ignorância. É bom lembrar que em um passado não tããão distante as nações eram apresentadas umas às outras, geralmente, pela prática de outro esporte de contato físico: a guerra. Com a criação de novas tecnologias (como as bombas, os mísseis, o antrax, etc) a guerra já não aproxima mais as pessoas como antes (como a ironia é um recurso pouco compreendido nas redes, quero declarar que isso é brincadeira,a guerra nunca aproximou as pessoas, ok?). Então, o primeiro problema pode estar por ai: o contato entre “nações”. Essa noção tão cara a nossos antepassados e meio fora de moda na pós-modernidade, assim como o casamento (será? Ahã!), pressupõe,justamente, o fortalecimento de um bloco cultural, que pretende ser igual a si, para ser, mais e mais, diferente dos outros. Em tempos de copa essa noção é o que há. Nós (quem, cara pálida?) somos um só! Uma nação! Não é o que mostrou o meu conterrâneo Eduardo Bueno quando disse, esta semana, que “o nordeste é uma bosta”,nem o que mostrou a massa ofendida por ele dizendo “só podia ser gaúcho, tudo nazista”. Por um minuto os paulistas descansaram dos insultos de “coxinha”. Que me perdoem as pessoas sérias que se definem como folcloristas (e há muitas!), mas a noção predominante de “brasilidade”, “baianidade”, “gauchismo”, etcetrismo,é infame. Em grande parte influenciada por quem? O futebol (bode expiatório da vez). Há uma tendência de definição de pertencimento cultural a partir de mitos essencialistas que remetem a pior acepção possível da palavra “folclore”. Aparentemente,ser arcaico tá na moda.

Conhecimento e Tolerância

Na minha modesta opinião, “tolerância” é a pior palavra a ser empregada para tentar resolver essas questões de identidade e diferença (geralmente é a mais empregada). Tal palavra trás consigo, inevitavelmente, a noção de hierarquia. Quem tolera é,necessariamente, superior ao tolerado. O que faz falta entre diferentes é conhecimento do outro.

Como conheci argentinos, uruguaios e a ilusão de América Latina

Algumas pessoas, pertencentes a facções criminosas de torcidas organizadas,oriundas da Argentina, saíram de suas casas para destruir Porto Alegre e agora rumam para São Paulo. Eles representam uma minoria(quase insignificante) dos torcedores argentinos que vem prestigiar a copa. Esta mesma frase foi traduzida por algumas mídias da seguinte forma: Os Argentinos estão chegando! Fechem suas casas! Todos vêm armados! Seus usos e costumes canibais não respeitam sexo, raça,credo, idade... Vão matar quem ousar cruzar seu caminho! Acreditem,a melhor maneira de conhecer seu vizinho não é envenenando seu gato! Em 1994, a convite de um grande violonista argentino, passei a frequentar aquele país como seu aluno. Nos últimos 20 anos conheci inúmeros “hermanos” (termo carregado), os recebi em minha casa e eles não tensionavam destruir nenhuma cidade. Muitos sabiam todas as harmonias e letras de bossa-nova que existem e amavam o Toquinho.Quando eu era criança o melhor amigo do meu pai era o Ramon (não o Seu Madruga). Ele era um uruguaio que vivia no RS (como tantos) e me apresentou vários dos grandes músicos que são meus ídolos até hoje. O que eu quero dizer com isso? Duvido alguém que conheça Borges, Berni, Guastavino, Ginastera, Gardel, assado de tira e surubí odiar “Os Argentinos”. Duvido alguém que conheça Noel,Villa-Lobos, ijexá, moqueca, aipim (macaxeira, mandioca), carimbó odiar “Os Brasileiros”. Duvido alguém que vá a uma boa festa junina e ache o nordeste “aquela bosta” (além de festas "Os Nordestinos" fazem muitas outras coisas, como trabalhar diariamente).Não acho que a arte salva o mundo. Nem a culinária (será?). Nem as festas (cri, cri, cri...). Mas há muitas formas de conhecer “outros”ALÉM do futebol. Por último, quero dizer que gosto de futebol. PS:procure não morder ninguém ao praticar este esporte. PS2: a América Latina é um imenso território que vai do limite do México com os EUA até a Patagônia, mas as filiações culturais se dão em porções bem menores de terra, não obedecendo, necessariamente, as fronteiras entre países.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

CD do Movimento Violão 2013



O CD do Movimento Violão 2013 acaba de sair do forno. Está disponível através do email movimentoviolao2010@gmail.com - agora com promoção incluindo o DVD de 2012. 
Programa do CD: Duo Siqueira Lima (Scarlatti: Sonata K.282 e Mendelssohn: Canção se Palavras Op.53 n.2) - Chrystian Dozza (C. Dozza: Baião de dois) - Aulus Rodrigues (J.S.Bach - Prelude de Presto BWV995) - Alexandre Gismonti (A. Gismonti: Partido Central) - Michel Maciel (Albeniz: Granada) - André Simão (Wagner: Coro dos Pelegrinos, arr. Tarrega) - Glauber Rocha (Tarrega: Preludios n.6, 34 e 15) - Thiago Colombo de Freitas (T. Colombo: Milonga de São Gonçalo) - Amadeu Rosa (Couperin: Les Sylvains) - Elodie Bouny (E.Bouny: Conversa das Flores) - Franciel Monteiro (Giuliani: Var. sobre um tema de Haendel) - faixa bonus: Paulo Martelli (Bach: Prelude BWV1008). 500 CDs serão distribuídos gratuitamente nas escolas de música do Brasil. Todas as faixas foram retiradas dos concertos ao vivo no Teatro Minaz em Ribeirão Preto, a masterização e mixagem é do Ricardo Marui, captação e arte do Alexandre Ocdy. A organização geral do projeto é do Paulo Martelli e da Juliana Oliveira! A SÉRIE NO SESCTV COMEÇA ESTE MÊS!!!


terça-feira, 22 de abril de 2014

Milonga da Caturrita (2007)


Para curtir/curar/sofrer a ressaca compartilho esta velha composição que está no meu andamento: molto adagio. A Milonga da Caturrita tem esse nome em virtude de um pássaro que invadiu nossa janela quando nos mudamos para Pelotas-RS, em 2009. Depois descobri que aquele tipo de pássaro não era chamado caturrita e sim periquito. Além disso, batizamos o pássaro como "Catarina", depois descobrimos que era um macho. O pássaro transgênero viveu conosco por 4 anos, resistindo bravamente a 4 felinos que cresceram tentando comê-lo. No ano passado veio a óbito por causas naturais.

Ficha técnica:
Contrabaixo - Ana Paula Freire
Guitarra - James Liberato
Percussão - Luiz Jakka
Clarinete - Diego Grendene de Souza
Flauta - Julia Simões
Violão, composição e arranjo - Thiago Colombo

https://myspace.com/trezegraus/music/song/milonga-da-caturrita-60642848-66164903?play=1

sábado, 19 de abril de 2014

Esquizovalsa Diabólica saindo do forno (2014)



Saindo do forno esta encomenda do grande violonista Paulo Martelli. É uma homenagem levemente bem humorada (como tudo que faço) aos vários demônios que povoam nosso imaginário. Liszt, Paganini, Prokofieff, Castelnuovo-Tedesco, Fausto, Exú e o próprio cramunhão participam da festa. Curioso para ouvir a interpretação do Paulo, uma honra para mim!


A seguir, as palavras generosas do Paulo:

"Mais uma honra sem sim! Acabo de receber esta dedicatória do genial Thiago Colombo! Essa obra fará parte do meu CD de obras de compositores brasileiros e estrangeiros dedicas para mim, entre eles: Sergio Assad, Marco Pereira, João Luiz Lopes, Douglas Lora, Mark Delpriora e agora Thiago Colombo - que como todos devem saber, eu considero um gênio!"

domingo, 13 de abril de 2014

Sobre a apresentação em Aracaju - SE (2014)




Quero compartilhar algumas palavras que muito me honram do colega Alessandro Pereira a respeito da apresentação no I FEVISE (Aracaju-SE). Espero que este evento cresça mais e mais nos próximos anos, com esta organização séria e dedicada que pude observar. Segue o texto: 

"Dentro da programação do I FEVISE tivemos a apresentação do violonista e compositor Thiago Colombo de Freitas. 
FOI IMPECÁVEL! 
Thiago mostrou o porquê de ser um dos nomes de maior destaque do cenário do violão atualmente. Suas interpretações e composições demonstraram vivacidade, humor, seriedade, virtuosismo, enfim uma apresentação verdadeiramente artística.
O público sergipano pôde presenciar um recital do mais alto nível. A organização do FEVISE, em nome de todo público presente, agradece profundamente sua participação em nosso Festival."